07 julho 2009
A propósito dos gestos.
Este texto foi-me enviado por um dos nossos militantes
(sob um dos seus pseudónimos, que respeitarei)
O Gesto do Ministro
(Foi, apenas, um gesto)
Sai a terreiro o Bernardino
Que na idade é pequenino
Provocador, como promete.
Enfia na cabeça do ministro
Todo o conteúdo sinistro
Da famigerada cassete.
Afirma sem nenhum pudor
Que não há nenhum trabalhador
Lá, nas minas de Aljustrel.
O ministro não suportou
E logo ali o mandou
Dar a volta ao redondel.
Mas, o gesto que ele fez,
Com alguma insensatez,
Enfeitando com destreza
A desorientada testa
Não se referia à festa
Mas à besta com certeza.
A um jovem sem vergonha
De lançar sua peçonha
Com ares de falso santinho
Não soube o ministro Manuel
Responder ao aranzel
Porque não é de pau, é de pinho.
Perdeu o controlo e pronto,
Respondeu àquele tonto
Com um gesto popular
Politicamente incorrecto
Mas popularmente certo.
Tinha mesmo que lhe dar.
Invulgar, foi só o gesto
Mas sabemos nós, de resto,
Que é vulgar, no Parlamento,
O insulto baixo e soêz.
Cada um, de sua vez,
Tem usado este “argumento”.
Ainda há pouco um deputado
Achou que era apropriado,
A um colega “bandalho”,
Mandá-lo, sem lastimar,
Pr´aquela coisa vulgar
Que até rima com trabalho.
Sendo só palavreado,
Ninguém se sentiu chocado
Ninguém entregou protesto.
O que é que faltou, então?
- Foi que fizesse com a mão
O elucidativo gesto.
Mas, na moral vigente,
Este caso é diferente,
É diferente o momento.
Eu entendo muito mal
Que se adopte esta moral
Na casa do Parlamento.
O provocador manhoso
Sai-se bem, quase famoso
Feito donzela ofendida.
Perde o outro, as estribeiras
A calma e as boas maneiras.
Fica de cabeça perdida.
Sai-se a rir, o estupor
Emproado qual doutor
Ganha pontos de vantagem.
E eu penso:
- Que tristeza,
Ganha, assim a safadeza,
Vale a pena a sacanagem.
De outro tempo, na minha aldeia,
Ficou-me sempre na ideia
Aquele velho ditado
Que agora, peço, me valha:
“Quem se mete com a canalha
Sai, quase sempre, borrado”.
(Foi, apenas, um gesto)
Sai a terreiro o Bernardino
Que na idade é pequenino
Provocador, como promete.
Enfia na cabeça do ministro
Todo o conteúdo sinistro
Da famigerada cassete.
Afirma sem nenhum pudor
Que não há nenhum trabalhador
Lá, nas minas de Aljustrel.
O ministro não suportou
E logo ali o mandou
Dar a volta ao redondel.
Mas, o gesto que ele fez,
Com alguma insensatez,
Enfeitando com destreza
A desorientada testa
Não se referia à festa
Mas à besta com certeza.
A um jovem sem vergonha
De lançar sua peçonha
Com ares de falso santinho
Não soube o ministro Manuel
Responder ao aranzel
Porque não é de pau, é de pinho.
Perdeu o controlo e pronto,
Respondeu àquele tonto
Com um gesto popular
Politicamente incorrecto
Mas popularmente certo.
Tinha mesmo que lhe dar.
Invulgar, foi só o gesto
Mas sabemos nós, de resto,
Que é vulgar, no Parlamento,
O insulto baixo e soêz.
Cada um, de sua vez,
Tem usado este “argumento”.
Ainda há pouco um deputado
Achou que era apropriado,
A um colega “bandalho”,
Mandá-lo, sem lastimar,
Pr´aquela coisa vulgar
Que até rima com trabalho.
Sendo só palavreado,
Ninguém se sentiu chocado
Ninguém entregou protesto.
O que é que faltou, então?
- Foi que fizesse com a mão
O elucidativo gesto.
Mas, na moral vigente,
Este caso é diferente,
É diferente o momento.
Eu entendo muito mal
Que se adopte esta moral
Na casa do Parlamento.
O provocador manhoso
Sai-se bem, quase famoso
Feito donzela ofendida.
Perde o outro, as estribeiras
A calma e as boas maneiras.
Fica de cabeça perdida.
Sai-se a rir, o estupor
Emproado qual doutor
Ganha pontos de vantagem.
E eu penso:
- Que tristeza,
Ganha, assim a safadeza,
Vale a pena a sacanagem.
De outro tempo, na minha aldeia,
Ficou-me sempre na ideia
Aquele velho ditado
Que agora, peço, me valha:
“Quem se mete com a canalha
Sai, quase sempre, borrado”.
Trubordal
03/07/09
03/07/09
Saudações Socialistas
Paulo S. Pinto
Paulo S. Pinto
06 julho 2009
Subscrever:
Mensagens (Atom)
Declaração
Este blogue é um fórum aberto à participação crítica, responsável e construtiva de todos os militantes do Partido Socialista de Rio Tinto das secções Rio Tinto-Ponte e Rio Tinto-Estação.
As mensagens publicadas são da responsabilidade exclusiva dos seus autores e como tal não representam nenhuma posição oficial do Partido Socialista e de qualquer dos seus órgãos.
As mensagens publicadas são da responsabilidade exclusiva dos seus autores e como tal não representam nenhuma posição oficial do Partido Socialista e de qualquer dos seus órgãos.